Quando falamos em afogamento infantil, o pensamento imediato tende a recair sobre piscinas, praias ou locais de lazer aquático. No entanto, uma parte significativa destes acidentes ocorre dentro de casa, em espaços tão comuns como a casa de banho, a lavandaria ou o quintal. Baldes, banheiras, tanques ou até sanitas podem representar riscos reais para crianças pequenas, sobretudo até aos cinco anos de idade.
Bastam poucos centímetros de água para que uma criança se afogue. E o processo é rápido e silencioso, em menos de 30 segundos e sem qualquer som de alerta, uma criança pode perder a consciência numa pequena acumulação de água.
A anatomia infantil também contribui para este risco: a cabeça das crianças pequenas é proporcionalmente mais pesada, o que significa que, ao inclinarem-se para dentro de um balde ou recipiente, podem não ter força suficiente para se erguerem de novo.
Locais de risco dentro de casa incluem:
- Baldes com água (de limpeza ou banho);
- Banheiras parcialmente cheias;
- Sanitas destapadas;
- Tanques de rega ou armazenamento de água;
- Poças ou recipientes deixados no exterior após a chuva.
A infância deve ser vivida com liberdade e descoberta, mas sempre com a proteção necessária. Identificar perigos menos óbvios é um passo essencial para garantir que crescer acontece em segurança, dentro e fora de casa.
Porque quando falamos de crianças, a única profundidade segura é a da vigilância.
17 de Junho de 2025